A esofagectomia é uma das cirurgias tecnicamente mais desafiadoras que um Cirurgião do Aparelho Digestivo pode encarar e exige um grande cuidado no intra operatório.
Os 3 principais motivos que podem levar um paciente a ser submetido a uma cirurgia para retirada do esôfago são: câncer, megasôfago e estenose.
O câncer de esôfago pode ser de 2 tipos histológicos: carcinoma espinocelular (CEC) e adenocarcinoma. O CEC de esôfago costuma ocorrer no esôfago mais alto (proximal ou cervical) em pacientes tabagistas e etilistas. Já o adenocarcinoma ocorre no esôfago mais próximo ao estômago (distal) e em pacientes mais obesos com história de refluxo e esôfago de barret. Seu tratamento envolve cirurgia e/ou quimioterapia com radioterapia.
O megaesôfago leva esse nome pois ocorre uma dilatação enorme desse órgão em decorrência de uma doença chamada acálasia que dificulta a passagem do alimento para o estômago. Quando essa dilatação atinge mais do que 10cm ou já se realizou outros tipos de cirurgia a esofagectomia pode ser indicada.
A estenose, por sua vez, é um estreitamento do esôfago que impede a alimentação. É normalmente secundária a ingesta de soda cáustica ou algum trauma local. Quando as terapias endoscópicas não conseguem resolver, a cirurgia se torna necessária.
A esofagectomia é uma cirurgia de grande porte que exige grande experiência da equipe cirúrgica. Entenda como é reconstruído o trânsito após a retirada do esôfago por câncer no vídeo do Dr. Lucas Thá Nassif: ‘’Como é feita uma esofagectomia?’’
Veja no vídeo do Dr. Lucas Thá Nassif como é a reconstrução do esôfago utilizando o estômago ou cólon.